Avaliação Neuropsicológica

A neuropsicologia estuda as relações entre o cérebro e comportamento e investiga as habilidades cognitivas do indivíduo.
A Avaliação Neuropsicológica, portanto, tem como objetivo investigar quais as funções cognitivas estão preservadas e quais estão comprometidas. Faz-se isso por meio de instrumentos padronizados (testes, baterias, escalas, tarefas complementares) para avaliação das funções cognitivas. O neuropsicólogo irá avaliar o desempenho em tarefas que envolvem atenção, percepção, linguagem, raciocínio, abstração, memória, aprendizagem, processamento da informação, visuoconstrução, afeto, cognição social, habilidades motoras e executivas.
A avaliação também busca coletar dados clínicos para auxiliar a compreensão e a extensão das perdas que cada patologia provoca no sistema nervoso central de cada paciente, assim como explora os mecanismos preservados do funcionamento cognitivo. A partir de uma avaliação neuropsicológica é possível estabelecer tipos de intervenção e reabilitação específica para indivíduos com disfunções adquiridas, genéticas, primariamente neurológicas ou secundariamente a outros distúrbios (transtornos psiquiátricos por exemplo).
Esse procedimento utiliza-se de entrevista semiestruturada, testes neuropsicológicos e recursos complementares de acordo com a faixa etária e nível de escolaridade do individuo, seguindo as normas do Conselho Federal de Psicologia (CFP) no 009/2018 e 006/2019.
Este procedimento pode ser indicado para qualquer faixa etária. Por exemplo, é muito comum que um neurologista encaminhe um paciente com queixa de dificuldade de memória para uma avaliação neuropsicológica. Uma criança inquieta, com dificuldade de retenção de conteúdo escolar pode se beneficiar também da avaliação para diagnóstico diferencial entre Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e dificuldade de aprendizagem. Finalmente em idosos, na maioria das vezes a avaliação neuropsicológica pode ser solicitada pelo médico para investigar hipóteses de quadros de demenciais, como por exemplo o Alzheimer. Nesses casos, quanto antes o tratamento farmacológico e não-farmacológico forem iniciados, melhor para o paciente.