Como ter um bom vínculo com seu filho (a)?

Escrito por Cérebro e Afeto em 12/01/2017

Em primeiro lugar, contextualize seu filho. Qual a idade dele? O que ele pode estar esperando de você? No momento em que estão vivendo existe algum conflito ou situação que por si só justifique alguma alteração de comportamento?

 

Respondidas estas questões, você terá mais facilidade de seguir as dicas a seguir para aprimorar seu relacionamento com seus pequenos.

 

  • Diante do comportamento inadequado de sua criança, aproxime-se dela e inicie um diálogo tranquilo onde reconheça as emoções. Por exemplo: “Nossa, você está bravo hoje. O que aconteceu? Foi porque não deixei você tomar sorvete antes do jantar? Eu entendo que você está com vontade de sorvete e que é muito ruim quando alguém não deixa a gente fazer o que está querendo muito. Eu sei o que você está sentindo. Você está com raiva. Mas você poderá comer sorvete; mas teremos que respeitar a regra. Não é certo comer a sobremesa antes da refeição. Assim, você comerá o sorvete depois do jantar”.
  • Aproxime-se da criança quando perceber qualquer mudança de comportamento, sem perder a paciência. Saiba que sua presença já pode ser suficiente para recobrar a tranquilidade da situação.
  • Não converse com a criança se você estiver tenso ou irritado demais. Acalme-se primeiro.
  • Respeite o que sua criança sente, mesmo que você não concorde com ela. Legitimar um sentimento é o começo de uma relação de confiança e sinceridade.
  • Não a ridicularize ou lhe imponha o que ela deve sentir. Não diga: você não deveria estar brava!” E sim: “Você está brava. Eu entendo. Mas gostaria que…(exemplifique o comportamento adequado esperado).
  • Ajude-a a nomear aquilo que ela está sentindo. Por exemplo: “Você está triste. Você está ansiosa. Você está com medo. Você está muito feliz”.
  • E não se culpe. Você não tem obrigação de resolver todos os problemas ou de suprimir qualquer possibilidade de frustração ou irritabilidade de seu filho.

 

Procure trocar informações, se observar e observar outras famílias. Não se sinta sozinho no processo de educar e criar. E, saiba que na psicologia, existe apoio terapêutico, de orientação e acolhimento para você, para seu filho e para sua família.

 

Fonte:

Criando filhos em tempos difíceis. Elizabeth Monteiro. Mercuryo, 2002.

A psicanálise da criança e o lugar dos pais. Alba Flesler. Zahar, 2012.

 

 


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