Dicas para lidar com o Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade
O TDAH é uma condição muito comum que começa na infância e, muitas vezes, continua na vida adulta. Afeta cerca de 5% das crianças e, dessas, de 60 a 70% continuam com os sintomas na vida adulta. Ainda muito estigmatizado, o transtorno se manifesta como desatenção, inquietação e impulsividade.
Algumas dicas para lidar com estes sintomas no cotidiano (em você e naquele que os manifesta):
– pergunte a criança ou adolescente sobre como ele acha que aprende melhor. Frequentemente você pode ter respostas valiosas que o ajudarão a oferecer apoio adequado, além deste ser um comportamento acolhedor.
– desenvolva um método para auto-informação e monitoração. Ao final de cada semana, reserve alguns minutos para uma conversa com a criança/adolescente, a fim de saber como ela está se sentindo em sala de aula. Ouça sua opinião sobre progresso e dificuldades. É necessário que a criança/adolescente seja um agente ativo no processo de aprendizado.
– Crie um caderno para troca de informações entre a escola e a família.
– Sinalize ao aluno, sempre que possível, sobre sua evolução e sucesso.
– Use agendas eletrônicas, de papel e crie um sistema que transmita-lhe segurança para lembrar-se de seus compromissos.
– Procure resolver problemas na hora. Não deixe para depois.
– Se fizer uma lista de afazeres, que ela não seja muito grande. Do contrário, não conseguirá cumprí-la e ficará frsutrado.
– Use linguagem breve e clara. Evite sentenças longas ou ficar “discursando” sobre algum assunto com a pessoa-foco.
– Transforme tarefas em jogos sempre que possível assim terá mais motivação na execução.
– Estimule a criança a anotar pontos importantes durante a discussão de um assunto.
– Ás vezes um gravador é mais objetivo do que escrever tudo à mão para quem tem dificuldade de concentrar-se.
– Avalie as tarefas mais pela qualidade e menos pela quantidade.
– Não se envolva em vários projetos/atividades ao mesmo tempo. Estabeleça prioridades claras e hierárquicas.
– Pratique atividades físicas ao longo do dia, elas ajudarão a manter o equilíbrio motivacional.
– Trace um plano de acordo com metas possíveis.
E, lembre-se, comunique-se caso sinta necessidade de mais apoio institucional e profissional sempre. Não fique sozinho para lidar com este transtorno pois existem várias formas de se apoiar, seja você um paciente ou um cuidador!
Fonte: ABDA-associação brasileira de déficit de atenção
Mattos, P. No mundo da Lua: perguntas e respostas sobre tratamento de déficit de atenção com hiperatividade em crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Lemos Editorial, 2003.
Rohde & Benczyk. Transtorno de Déficit de Atenção e hiperatividade: o que é? Como ajudar? Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.